CARTA BRANCA /

jul - set

Carta branca / é um convite à ocupação de um espaço na plataforma UMA.
3 artistas por trimestre,
3 trimestres de 2021.

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Estamos isolados e vivemos de memórias doutros tempos. Os nossos corpos dilatam-se ao pedantismo dos nossos desejos mais escondidos. Ainda assim, teimamos e recriamos novas realidades - podemos pedir ao sonho que se manifeste, nos embale e nos dê prazer. Rompemos agora com a vergonha, levantamos a bandeira e celebramos o sensorial. A tela branca acolhe a nossa relação com a natureza, desejos e uma nova realidade. Chamemos-lhe uma paisagem por enquanto. Entra.

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Estudos para uma performance sobre a invisibilidade.
O diário textual-visual-sonoro que aqui irei apresentar, intitulado ‘Missed-en-Abîme’, com o sub-título (oculto) ‘Psicobiografia de um Herói Perdedor’, parte de uma reescrita leviana, e levianamente apropriada, do texto ‘O Jovem Tombado’, que Enrique Vila-Matas publicou no El País no dia 10 de Março de 2012. Também são convocados ‘O Livro do Joaquim’ de Daniel Faria (Quasi Edições, 2007), ‘Um Aprazível Suicídio em Grupo’ de Arto Paasilinna (Relógio d’Água, 2010), e ainda excertos dispersos de textos que ficaram à porta de algumas performances teatrais de minha autoria: ‘Espectáculo de Teatro’ (2008), ‘MASHUP’ (2009), ‘Residência (Artística)’ (2012), ‘Realpolitik’ (2012), ‘Terceira Via’ (2013) e ‘EURODANCE’ (2014). Inadvertidamente, usarei também pensamentos (de minha autoria, de autoria incerta/não anotada, ou mistura de ambos) que fui deixando em cadernos de notas virtuais ao longo dos últimos 10 anos, para além de conversas que tive com Amigos, citadas de cor e sem autorização. Um auto-infligido revisionismo histórico/histérico, para me situar, e a seguir, seguir. Por último, servirá de inspiração geral à redação do texto o visionamento constante, em ideia e em retina, do ‘Anémic Cinéma’ de Marcel Duchamp (1926). Acompanhará o texto alguns retratos-esquissos do Herói Perdedor, desenhados a lápis em três minutos pelo artista visual Jani Nummela, que também compôs as peças sonoras que poderão ser escutadas durante a leitura. Este exercício, multilinguisticamente escrito em Português, Francês, Inglês e Finlandês, é um anúncio de uma performance por vir, resultado de uma investigação de 5 anos em torno da tríade Arte, História e Solidão. A peça terá estreia em Setembro de 2021 no ciclo “O Museu como Performance”, produzido pelo Museu de Serralves, no Porto. Mais info: www.rogerionunocosta.com/missed_en_abime
 

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